Achados e perdidos
Foto: Divulgação Estava de volta ao início Tentando pôr tudo no lugar A bagunça era visível Não conseguia encontrar nada do que procurava Mas o que procurava? Nem ela sabia Estava tudo tão perdido e espalhado que nem lembrava mais do que um dia já teve Mesmo assim, ficava feliz quando encontrava alguma coisa que não lembrava que existia Um leve sorriso aparecia no rosto quando isso acontecia Procurava “lugares visíveis” para guardar e não perder de vista o que encontrava Era um exercício diário porque, quando menos esperava, um desses “objetos” perdidos apareciam Se não ficasse atenta, os achados passariam despercebidos feito nuvem que aparece e se desfaz Se sentia como a mulher da parábola que perdeu a sua dracma dentro da própria casa, onde também a encontrou Assim que a mulher achou a dracma, ficou feliz da vida e foi se alegrar com as amigas e vizinhas A diferença é que se alegrava no seu íntimo Celebrava em silêncio A solitude era seu alimento O gosto da solidão sempre lhe fo...