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Mostrando postagens de setembro, 2024

Achados e perdidos

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Foto: Divulgação Estava de volta ao início t entando pôr tudo no lugar. A bagunça era visível. Não conseguia encontrar nada do que procurava. Mas o que procurava? Nem ela sabia. Estava tudo tão perdido e espalhado que nem lembrava mais do que um dia já teve. Mesmo assim, ficava feliz quando encontrava alguma coisa que não lembrava que existia. Um leve sorriso aparecia no rosto quando isso acontecia. Procurava “lugares visíveis” para guardar e não perder de vista o que encontrava. Era um exercício diário porque, quando menos esperava, um desses “objetos” perdidos apareciam. Se não ficasse atenta, os achados passariam despercebidos feito nuvem que aparece e se desfaz. Se sentia como a mulher da parábola que  perdeu a sua dracma dentro da própria casa, onde também a encontrou. Assim que a mulher achou a dracma, ficou feliz da vida e foi se alegrar com as amigas e vizinhas. A diferença é que se alegrava no seu íntimo. Celebrava em silêncio. A solitude era seu alimento. O gosto da solid...

O chão do céu

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Foto: Unsplash Pisou no chão do céu e viu coisas inefáveis e gloriosas que não sabia como as expressar de tão sublime, mas queria compartilhar e transbordar. Se deu conta de que tudo isso estava a um passo da fé. Acreditou na mensagem que veio do alto e descobriu um mundo novo. Aprendeu o que é novidade de vida. Mesmo nos dias cinzas e sem flores, a  esperança estava lá. Caminhava de fé em fé como peregrina e forasteira. Sabia qual era o seu alvo. Voltar atrás não era uma opção. “Caminho sem volta”, pensava. Decidiu cumprir a carreira que lhe estava proposta. Com paciência. Até o grande e sublime Dia em que as suas mãos finalmente tocariam a Palavra da Vida – a quela que tanto acreditou e a guiou. E seus pés, ora vacilantes, estariam firmes caminhando por diferentes ruas. Ruas de ouro. E tudo o mais que sempre sonhou e que escrito estava acerca da Nova Jerusalém!

Desistiu de resistir

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Foto: Unsplash Percebeu que degustar os dissabores era inevitável. Como remédio amargo, eram necessários. Decidiu parar de rejeitar aqueles pratos. Se convenceu de que ali havia nutrientes que faziam falta para o bom funcionamento da sua vida. Escolheu a saúde. Queria viver. Queria sentir. Queria chorar. Queria se alegrar e se emocionar. Gostava de sorrir e fazer rir. Amar e não desamar. Por isso desistiu de resistir.

O cheiro da Primavera

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Foto: Unsplash O cheiro da Primavera exalou o ambiente e tudo floresceu – por dentro e por fora. O coração adormecido e frio acordou e se esquentou. Tornou a pulsar ao som de uma melodia soprada pela memória. De olhos fechados viu um campo florido. Observou e se encantou com aquele imenso jardim. A brisa que batia em seu rosto a levava a um estado de paz e tranquilidade há muito não sentida. Aquela sensação a fez perceber que não precisa de coisas externas – palpáveis ou não – para se sentir leve e feliz. Tudo o que precisava estava dentro. Somente ela tinha a chave para entrar e sair.
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Maiara Pires
Jornalista, escritora, produtora de conteúdo multimídia, despenseira da graça de Cristo e embaixadora do Reino dos Céus. Escrevo para desenvolver pessoas e a mim mesma e para difundir a sabedoria do alto. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve