Achados e perdidos

Foto: Divulgação

Estava de volta ao início

Tentando pôr tudo no lugar

A bagunça era visível

Não conseguia encontrar nada do que procurava

Mas o que procurava?

Nem ela sabia

Estava tudo tão perdido e espalhado que nem lembrava mais do que um dia já teve

Mesmo assim, ficava feliz quando encontrava alguma coisa que não lembrava que existia

Um leve sorriso aparecia no rosto quando isso acontecia

Procurava “lugares visíveis” para guardar e não perder de vista o que encontrava

Era um exercício diário porque, quando menos esperava, um desses “objetos” perdidos apareciam

Se não ficasse atenta, os achados passariam despercebidos feito nuvem que aparece e se desfaz

Se sentia como a mulher da parábola que perdeu a sua dracma dentro da própria casa, onde também a encontrou

Assim que a mulher achou a dracma, ficou feliz da vida e foi se alegrar com as amigas e vizinhas

A diferença é que se alegrava no seu íntimo

Celebrava em silêncio

A solitude era seu alimento

O gosto da solidão sempre lhe foi doce com sabor de contentamento e gratidão

E assim seguiu os dias descobrindo achados e perdidos na própria casa - dentro de si.

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Maiara Pires
Jornalista, escritora, ghostwriter, despenseira da graça de Cristo e embaixadora do Reino dos Céus. Escrevo para desenvolver pessoas e a mim mesma e difundir a sabedoria do alto. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve