Descontaminada
Foto: Unsplash
A raiva não era dela.
Pegou emprestada sem perceber.
Se contaminou.
Depois é que lembrou:
"Tendo cuidado de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”.
É o que diz o seu livro sagrado.
Percebeu que já estava contaminada.
Tratou de descontaminar.
Como?
Com a voz da consciência.
O estado de presença.
E alertou os outros que também se inflamaram.
Investigou mais um pouco.
Descobriu a origem.
A língua.
Então, lembrou:
“A língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza”.
É o que diz outra passagem do seu livro sagrado.
Refletiu.
Lembrou do que ouviu.
Se dissociou e se desintoxicou.

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