Nas asas do vento
Gostava da zona de conforto ao mesmo tempo que tinha facilidade em sair dela.
Se dar conta disso fez cair os pontos de interrogação que lhe acompanharam a vida toda.
Fez uma retrospectiva.
Observou as muitas vezes que havia saído daquela zona quentinha.
Percebeu que aquele ninho nunca foi seu lugar.
De onde vinha, então, aquela vontade de ficar quieta sem se mover?
Investigou.
Guardou para si o que descobriu.
Eram muitas pontas soltas para explicar e ligar uma a uma.
Mas entendeu.
O ninho era seu refúgio, não era lugar de permanência.
Podia entrar e sair quando quisesse.
Precisava dele para se refazer, mas não abria mão de voar.
Tanto que o fazia sem perceber.
Quando se dava por si já estava pegando carona nas asas do vento.
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