Voltando ao eixo

Foto: Pexels Era segunda-feira, início da noite. Estava tomando banho quando foi “assaltada” de súbito por uma recorrente sensação incômoda que nunca sabia nomear. Medo era o nome mais próximo que conseguia definir, mas não tinha muita certeza. Então, recorreu a metáforas. Aos poucos tal sensação começou a ganhar formas no seu imaginário. Eram rochas que apareciam do nada querendo impedir o curso do rio. O rio era ela mesma querendo fluir, mas não conseguia – o que a fazia sentir-se impotente, frustrada e angustiada. A essa altura já tinha tirado da gaveta um dos seus cadernos de anotações aleatórias e colocado no papel aquelas impressões. Estava mais calma. Com isso, lembrou de algumas palavras cantadas que tinham a ver com aquela narrativa que acabara de escrever. Fez uma busca na internet até encontrar tal melodia. Deitou no sofá, fechou os olhos e se deixou tocar por aquele canto. Tais palavras cantadas jorravam feito corrente unindo-se ao rio que há poucos minutos estava send...