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Mostrando postagens de agosto, 2025

Ajustando as velas

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Foto: Pexels Por um momento percebeu que havia perdido sua bússola e não sabia mais para onde ir. Para a sua sorte, o mar estava calmo. Aproveitou aquela serenidade para repensar o caminho que havia feito até ali. Sem a bússola para saber o caminho a seguir, apostou nas batidas que pulsavam por vivacidade. Ajustou as velas e seguiu as batidas sussurradas que ecoavam no vazio do momento.

Voltando ao eixo

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Foto: Pexels Era segunda-feira, início da noite. Estava tomando banho quando foi “assaltada” de súbito por uma recorrente sensação incômoda que nunca sabia nomear. Medo era o nome mais próximo que conseguia definir, mas não tinha muita certeza.  Então, recorreu a metáforas. Aos poucos, tal sensação começou a ganhar formas no seu imaginário. Eram rochas que apareciam do nada querendo impedir o curso do rio. O rio era ela mesma querendo fluir, mas não conseguia – o que a fazia sentir-se impotente, frustrada e angustiada. A essa altura já tinha tirado da gaveta um dos seus cadernos de anotações aleatórias e colocado no papel aquelas impressões. Estava mais calma. Com isso, lembrou de algumas palavras cantadas que tinham a ver com aquela narrativa que acabara de escrever. Fez uma busca na internet até encontrar tal melodia. Deitou no sofá, fechou os olhos e se deixou tocar por aquele canto. Tais palavras cantadas jorravam feito corrente unindo-se ao rio que há poucos minutos estava sen...

Retrato

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Foto: Pexels É sobre intensidade. O copo está sempre cheio de alguma coisa. Por isso, transborda. Pingos de lágrima falam por si. Alegria ou tristeza aformoseia o rosto. Não tem meio termo. Não tem disfarce. Não consegue falar, só expressar. Por isso, ninguém entende. Nem precisa. O conflito é interno . E ninguém tem nada a ver com isso. Só precisa encontrar um jeito. De processar o que se passa dentro e fora.

Rabiscos

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Foto: Pexels Tinha compulsão por espaços em branco. Acreditava que eles tinham que ser preenchidos. Por isso, guardava tantos papéis à espera de completar os rabiscos. E dar sentido aqueles escritos. Para, então, se desfazer deles. Parecia querer emoldurar as palavras rabiscadas. A fim de eternizar seus significados.

A voz da esperança

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Foto: Pexels Podia ouvir a esperança na própria voz. Na voz sussurrada da consciência.  Estava cansada dos dias tabelados. Ansiava por novidade de vida. Por sentidos em cada respiro. Estava convicta, mas ao mesmo tempo angustiada p or se sentir sozinha naquela busca. Estudava maneiras de transpor tal insatisfação p ara colocar em prática seus novos anseios, s em depender da vontade ou compreensão d e outrem. Havia parado de se culpar por suas esquisitices  – u m grande passo na sua nova jornada e  que a fazia sentir-se livre d aquelas correntes invisíveis. Liberta do cativeiro, e stava disposta a explorar o desconhecido s em medo do que iria encontrar. Guiada pela voz da esperança.

Autoaceitação

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Foto: IA/Gemini Havia cansado de lutar contra o que nem ela sabia. Seus passos eram monitorados por si mesma p ara saber se tinha algo errado. Como saberia? Baixou a guarda e resolveu se aceitar como era, c omo se sentia bem. O tempo diria se haveria algo a ser consertado, s em abrir mão da própria essência e d a leveza que estava aprendendo a cultivar.
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Maiara Pires
Jornalista, escritora, produtora de conteúdo multimídia, despenseira da graça de Cristo e embaixadora do Reino dos Céus. Escrevo para desenvolver pessoas e a mim mesma e para difundir a sabedoria do alto. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve